Bem-Vindo à Sala

História Karapau

A Karapau não nasceu de um produto, nasceu de uma inquietação. Porque razão o peixe capturado com tanto esforço pelos nossos pescadores chegava ao consumidor sem identidade, sem história e sem justiça para quem o trazia do rio? Essa distância entre origem e destino, entre quem pesca e quem consome, era demasiado grande para ser ignorada.

Foi para romper este ciclo que, em 2015, surgiu a Karapau como projeto.

Desde o início, sabíamos que esta transformação exigia mais do que boas intenções. Era necessário criar um modelo concreto, funcional e transparente. Por isso, optámos por desenvolver uma plataforma online que permitisse ao consumidor aceder diretamente ao peixe do pescador, conhecer a sua proveniência e participar numa experiência de compra clara, justa e inovadora.
Esse gesto simples mudou tudo. Pela primeira vez, os pescadores viram reconhecido o seu trabalho e os consumidores tiveram garantias de autenticidade e rastreabilidade. O que parecia apenas tecnologia revelou-se uma revolução cultural: quebrar a lógica do anonimato e devolver identidade a cada captura.
Com o tempo, a Karapau foi refinando o seu caminho. Da venda de peixe em geral, concentrámo-nos naquilo que melhor traduz a raridade e o património dos rios portugueses: a lampreia e o meixão. Espécies que exigem não apenas comércio, mas responsabilidade, investigação e visão de futuro.
O que começou como projeto tornou-se marca, e o que nasceu como plataforma transformou-se em referência. Hoje, a Karapau é mais do que um nome: é a afirmação de que tradição e inovação podem coexistir, de que a raridade pode ser preservada e de que um setor pode ser transformado quando alguém tem coragem de fazer diferente.

 Esta é a história de como decidimos ligar margens, unir vozes e transformar um peixe em património.

2015: Nascimento de uma Convicção

Unir pescadores e consumidores!


O ano de 2015 marcou o ponto de partida. A Karapau iniciou como um projeto inspirado: mais do que uma empresa, pretendia ser uma ponte — entre pescadores que possuíam saber ancestral e consumidores que buscavam autenticidade e exclusividade. Em muitos sentidos, começámos com poucas certezas e uma ambição grande: romper o fosso que separava o rio da mesa, o pescador da procura exigente.

Durante esses primeiros anos, estudámos ciclos de lampreia, conversámos com comunidades ribeirinhas, identificámos os desafios da logística e da conservação, e traçámos cenários de sustentabilidade. O projeto caminhou com cautela e determinação, construindo alicerces sólidos: rastreabilidade, respeito ambiental e transparência.

Este período de incubação foi também essencial para estabelecer laços de confiança com pescadores, para compreender as exigências do ecossistema e para formular um modelo de negócio que, apesar de inovador, jamais perderia a alma ribeirinha. A Karapau nasceu do diálogo entre rio e mercado, entre memória e futuro

 A Karapau nasceu para ser ponte entre pescadores e consumidores. Conheça as pessoas e tradições que nos deram origem?

Do esforço invisível dos pescadores à procura exigente dos consumidores, existia um abismo. encaminar para sala pescadores.



2020: O Salto de Projeto para Marca

Da ideia primordial à presença formal no mercado


Embora o projeto Karapau tenha iniciado em 2015, foi em 2020 que materializámos uma identidade corporativa, operacional e comercial consolidada. Foi o momento de afirmar uma identidade de marca: nome, missão, valores e estrutura para operar no mercado de iguarias portuguesas de alto nível.

Convertêmo-nos em marca requereu decisões estruturais: registos legais, compliance alimentar, parcerias logísticas, certificações, definição de visualidade e posicionamento estratégico. Tudo isso sem perder de vista o ethos original: proximidade com pescadores, respeito pelas águas, compromisso com a raridade.

Nesse ano, procurámos articular modelos de produção, cadeia de frio, rotulagem e embalagem com identidade própria, e definimos que a Karapau não seria apenas mais uma marca de peixe, mas uma marca de estatuto — que eleva o raro, que reconhece o rio e que dialoga com públicos exigentes.

Criámos uma plataforma que aproxima mundos, devolve dignidade à origem e cria transparência no destino. Quer descobrir como desenhámos o futuro da compra direta?”

Encaminhamento → Sala Sustentabilidade – Pesca Sustentável

Transformar a relação entre quem captura e quem consome não é apenas inovação tecnológica: é uma revolução cultural.

2021: o produto que mudou a Karapau

A Lampreia em Marinada como símbolo de inovação


Em 2021 nasceu o que hoje consideramos um dos marcos mais emblemáticos da Karapau: a Lampreia em Marinada. Até então, a lampreia era um produto sazonal, exigente no transporte e consumo imediato, com limitações geográficas severas. Introduzir a lampreia marinada significou redefinir paradigmas: conservar, preservar e transportar sabor sem perder autenticidade.

Fomos pioneiros: a Karapau orgulha-se de ser a primeira empresa em Portugal a embalar, rotular e distribuir Lampreia em Marinada com identidade de marca. Esse momento cristalizou nossa ambição: oferecer iguarias raras com confiabilidade, cumprir prazos rigorosos e atingir paladares exigentes em qualquer ponto do país.

Este lançamento não foi meramente comercial: foi simbólico. Reforçou o compromisso de transformar o efémero em experiência, de criar constância na raridade e de afirmar que o valor não estava apenas no peixe, mas no gesto que o envolvia — embalagem cuidada, comunicação imaculada e serviço impecável.

Embalámos, rotulámos e transformámos para que a raridade se tornasse acessível e preservada. Quer explorar como um gesto pioneiro mudou o lugar da lampreia em Portugal?”

Encaminhamento → Sala Coleções – Lampreia Marinada

Fomos os primeiros a acreditar que a lampreia podia ser mais do que sazonalidade.

2025: Enguia de Vidro: da  ilegalidade à legitimidade

Quando a transparência se torna revolução


Durante décadas, a Enguia de Vidro (Anguilla anguilla) foi sinónimo de um mercado cinzento, marcado pela opacidade, pela sobre-exploração e por práticas ilegais que fragilizaram a confiança dos consumidores e ameaçaram a própria sobrevivência da espécie. Esta realidade não era apenas um problema ambiental — era também um problema ético e institucional, que colocava em risco a credibilidade de todo o setor.

A Karapau surgiu para romper este ciclo. Ao contrário da prática dominante, assumimos desde o início que só havia um caminho possível: o da legalidade plena, da transparência absoluta e do rigor regulatório. O processo foi longo e marcado por dificuldades — autorizações demoradas, regulamentações complexas, barreiras administrativas — mas a nossa convicção permaneceu inabalável: provar que era possível trabalhar com a Enguia de Vidro dentro da lei e com credibilidade internacional.

Depois de anos de resiliência e perseverança, alcançámos aquilo que parecia impossível: tornar-nos a primeira empresa portuguesa oficialmente autorizada a comprar, transformar e rotular Enguia de Vidro. Esta conquista não foi apenas um marco empresarial — foi uma vitória institucional e simbólica.

 A Karapau mostrou que era possível outro caminho: legal, transparente e legítimo. Quer compreender como transformámos um símbolo de risco num exemplo de confiança?”

Encaminhamento → Sala Sustentabilidade – Aquicultura

Durante décadas, a Enguia de Vidro viveu num mercado cinzento, onde a ilegalidade falava mais alto do que a responsabilidade.

Pioneirismo institucional da Karapau

Marcos que definem estatuto, confiança e responsabilidade


Desde o início, a nossa trajetória ficou marcada pela coragem de assumir caminhos onde ninguém ousava entrar. Fomos, sucessivamente, os primeiros — e cada um desses passos inaugurou uma nova etapa para o setor em Portugal.
Primeira empresa portuguesa a embalar e rotular lampreia. Até ao nosso aparecimento, a lampreia era tratada como produto estritamente sazonal, vendido em fresco e confinado às margens dos rios.
Primeira empresa licenciada a comercializar Enguia de Vidro em Portugal. Num setor manchado por práticas ilegais, mostramos que era possível trabalhar de forma transparente e regulada.
Primeira empresa a unir pescadores e consumidores numa plataforma digital. A proximidade entre origem e destino nunca tinha sido tão direta. Fomos os primeiros a construir uma ponte que devolveu protagonismo ao pescador e proporcionou ao consumidor uma experiência de confiança, rastreabilidade e sofisticação.
Primeira empresa privada em Portugal a afirmar publicamente o repovoamento como solução imediata para a escassez da lampreia. Enquanto muitos se limitavam a explorar, a Karapau assumiu uma posição institucional, dando voz à responsabilidade ecológica e colocando o futuro das espécies no centro da sua missão.

O peso dos primeiros não é vaidade — é responsabilidade. Quer conhecer a identidade que construímos ao liderar?”

Primeiros a embalar lampreia. Primeiros a licenciar enguia de vidro. Primeiros a unir pescadores e consumidores. sala luxo

Esta é a nossa história: a de um projeto iniciado em 2015, transformado em marca em 2020, elevado em 2021, alargado em visão e responsabilidade. A Karapau não é apenas quem somos — é o que ousámos tornar possível: tradição que atravessa tempo, inovação que respeita o rio, e identidade que se mostra em cada detalhe.