Bem-Vindo à Sala Pesca Sustentável Karapau


Aqui compreender a pesca sustentável é compreender a fronteira entre ciência e fraude, entre prestígio e risco, entre futuro e colapso.

Poucos temas geram tanto silêncio e tanta controvérsia como este. Pescar não é apenas retirar um peixe do rio — é decidir, todos os dias, entre preservar ou destruir, entre agir dentro da lei ou fora dela.


 Aqui expomos o lado oculto da pesca: o mercado paralelo, as capturas ilegais, o incumprimento do defeso, o desprezo pelas medidas mínimas.

O luxo, quando nasce destas práticas, é apenas fachada — um engano servido à mesa.


A Karapau escolheu o caminho mais difícil: trabalhar apenas com pescadores certificados, aceitar pausas biológicas que custam caro, rejeitar o lucro fácil da ilegalidade.




A pesca não é apenas tradição — é o ponto onde se decide entre o futuro de uma espécie e o fracasso de um ecossistema. Aqui mostramos porque o verdadeiro luxo só nasce da legalidade e da ciência

Certificação e Rastreabilidade

Cada exemplar com origem comprovada


A rastreabilidade, prevista no Regulamento (CE) n.º 1224/2009, constitui um dos pilares do controlo comunitário da pesca. Garante que cada captura é identificada, registada e acompanhada de documentação que permite a sua auditoria desde o rio até ao prato.


 Na Karapau, este princípio é absoluto: só adquirimos produto de pescadores licenciados, inseridos nos planos nacionais de gestão. Cada lote é numerado, faturado e, quando aplicável, sujeito a controlo veterinário.


 Este rigor elimina qualquer risco associado à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (IUU fishing). Ao assegurar a origem legítima, criamos confiança num mercado em que a exclusividade é inseparável da transparência.



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A rastreabilidade não é apenas controlo — é também a base de dados que sustenta qualquer programa de conservação. Sem registos não há ciência, e sem ciência não há futuro.

Períodos de Defeso

Pausa biológica como garantia de continuidade


O defeso não é uma mera pausa administrativa: é um mecanismo biológico essencial. Durante este período, as espécies migradoras interrompem o seu ciclo no rio para se reproduzir. Interferir nesse momento significa comprometer a reposição natural das populações.


 Em Portugal, as regras de defeso para a lampreia e para o meixão estão estabelecidas em portarias nacionais e integram compromissos comunitários, como o Regulamento (CE) n.º 1100/2007. O seu cumprimento não é negociável: constitui uma barreira entre conservação e colapso.


 A Karapau apenas trabalha com pescadores que respeitam integralmente estas interdições, mesmo quando isso representa uma redução significativa de oferta. Preferimos ausência a ilegalidade. É esta escolha difícil que distingue uma marca de luxo de uma operação vulgar: saber parar, para que a natureza continue o seu curso.



Explore na Sala Pescadores como o cumprimento do defeso é vivido

O respeito pelo defeso vive na prática diária dos pescadores: é na sua disciplina que a ciência encontra continuidade e a tradição encontra futuro.

Tamanhos Mínimos

Tamanho certo para preservar a espécie


As medidas mínimas de captura resultam de décadas de estudos em biologia populacional. O princípio é simples: garantir que cada exemplar teve tempo para atingir maturidade reprodutiva antes de ser retirado do rio.


 Ignorar esta regra não é apenas ilegal — é cientificamente desastroso. Capturar juvenis compromete a reposição natural da espécie, desequilibra a estrutura etária da população e aumenta a vulnerabilidade do ecossistema.


 Na Karapau, este critério é respeitado com rigor absoluto. Verificamos cada lote adquirido para garantir conformidade legal e biológica. Além da conservação, existe ainda uma consequência gastronómica: exemplares dentro das medidas adequadas apresentam textura, perfil organolético e valor nutricional superiores. Respeitar o tamanho mínimo é, simultaneamente, proteger a espécie e elevar a experiência à mesa.



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Cumprir as medidas mínimas é respeitar a biologia, mas também elevar a gastronomia: a ciência prova-se no prato, transformando exclusividade em experiência sensorial

Legalidade e Fiscalização

Luxo legítimo exige cumprimento  da lei


O luxo não tolera zonas cinzentas. Na pesca, a legalidade é a linha que separa a raridade legítima do risco camuflado.


Todas as operações da Karapau decorrem dentro do quadro legal estabelecido, fiscalizado por entidades como a DGRM, a DGAV e a ASAE. Cada exemplar comercializado é acompanhado de fatura, documentação sanitária e, quando aplicável, número de controlo veterinário. Este nível de rigor transforma cada unidade num produto com legitimidade absoluta.


Para a Karapau, cumprir a lei não é apenas obrigação: é uma escolha de posicionamento. A legalidade confere estatuto, protege o consumidor e reforça a nossa credibilidade. O luxo que servimos à mesa não é apenas sabor — é confiança, legitimidade e transparência.


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O cumprimento integral da lei reflete-se na nossa identidade: valores sólidos que fazem da transparência um elemento indissociável do prestígio

Monitorização e Ciência

Dados científicos como base de futuro sustentável


Cumprir a lei é essencial, mas não suficiente. A pesca sustentável exige monitorização contínua, recolha de dados e análise científica permanente.


 Na Karapau, cada captura é integrada em relatórios e sistemas de acompanhamento que permitem avaliar o esforço de pesca e as tendências populacionais. Esta informação alimenta planos nacionais de gestão, colabora com universidades e centros de investigação e contribui para compromissos internacionais como a Convenção CITES.


 Ao alinhar economia, ecologia e ciência, transformamos uma atividade tradicional num instrumento de conhecimento. O resultado é claro: só com dados consistentes podemos garantir que os produtos permanecem disponíveis para as próximas gerações — e só assim conseguimos que uma iguaria rara seja também sustentável.


Descubra na Sala Ciência  como os dados de pesca recolhidos pela Karapau são transformados em conhecimento científico

Dados de captura integrados em relatórios científicos transformam comércio em conhecimento e conhecimento em futuro: é aqui que a sustentabilidade ganha forma